quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

O DÉFICIT INTELECTUAL NA ESCOLA


O déficit intelectual é definido como o funcionamento intelectual geral, significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitantemente com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente “as demandas da sociedade nos seguintes aspectos: comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e comunidade, independência na locomoção, saúde, segurança, desempenho escolar, lazer e trabalho
Apesar da crítica atual da maioria dos especialistas, em relação a classificação baseada no QI, esta ainda continua sendo utiliza e a terminologia varia entre deficiência mental, déficit intelectual, déficit cognitivo ou atraso mental.
O deficiente intelectual tem uma maneira própria para lidar com o saber e tem dificuldades para construir o seu conhecimento e de demonstrar a sua capacidade cognitiva, principalmente em escolas que mantém um modelo conservador de ensino e uma gestão autoritária e centralizadora.
Eles necessitam de adequações curriculares ao longo da sua trajetória escolar sendo que estas poderão ser transitórias ou permanentes e com variação de acordo com o grau de intensidade.
Os alunos com déficit intelectual vão necessitar de adequações curriculares que atuam nos seguintes âmbitos:
 
Mudança na metodologia de trabalho – os alunos com déficit cognitivo são mais visuais que auditivos. Muitas ordens e atividades devem ser dadas com modelos concretos e o ensino apoiado em estímulos visuais claros, simples e criativos;
 
Introdução de novos conceitos – estas devem ser associados a modelos conhecidos e que fazem parte do dia a dia do aluno. O aluno memoriza com mais facilidade aquilo que ele conhece e, consequentemente, pode transferir a aprendizagem para outros contextos;
 
Sistema de avaliação – as provas e trabalhos escolares devem ser adaptadas as necessidades de cada um. Muitos alunos não respondem bem a matrizes com letras pequenas, pouco espaço para respostas e com um número excessivo de estímulos. O material deve ser claro, de boa qualidade e com número adequado de informações e perguntas;
 
Metodologia durante as aulas – o período de concentração destes alunos é pequeno. Então aulas expositivas de longa duração não são absorvidas por eles. Devemos procurar exposições mais curtas, apoiadas em trabalhos práticos, onde a criança possa utilizar os vários sentidos simultaneamente.

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