quarta-feira, 28 de março de 2012

CONVITE ESPECIAL


Adaildes Cristina S. de O. Santos
Psicopedagoga Clínica e Hospitalar


Durante décadas, predominou o conceito de que o Autismo era uma doença psicológica, baseada na dificuldade de relacionamento entre a mãe e o filho. Há quinze anos o conceito de Autismo mudou: “O autismo é uma disfunção neurológica de base orgânica, que afeta a sociabilidade, a linguagem, a capacidade lúdica e a comunicação” (Classificação Internacional de Doenças – CID 10, publicada pela Organização Mundial de Saúde). O Autismo não ocorre por bloqueios ou razões emocionais, mas pode ser agravado por elas.
A falta de reação à dor, a incapacidade de reconhecer situações de perigo e a repetição rítmica de certos movimentos do corpo são sintomas freqüentes no autismo.
O desenvolvimento da fala é lento e anormal, senão ausente, caracterizando-se pela repetição daquilo que é dito por terceiros ou pela substituição das palavras por sons mecânicos, falta de flexibilidade mental e restrição de interesses.

A falta de tratamento adequado compromete o processo de independência pessoal e acaba por desorganizar todo o sistema familiar e social do individuo.
Daí a necessidade de desenvolver um trabalho interdisciplinar continuado, que possa se encarregar dos procedimentos de diagnose e que ofereça propostas de tratamento e educação especializados. Poucos são os serviços especializados em autismo no Brasil.
A identificação precoce desses quadros, bem como a possibilidade de atendimento nos vários segmentos acima referidos, previnem a desintegração familiar e social do individuo autista. Cada paciente possui características próprias; entendidas e acompanhadas corretamente, haverá a oportunidade para uma boa evolução.
Crianças com quadro de autismo que recebem atendimento precoce, clinico e educacional especializado, apresentam melhoras significativas, desenvolvem a linguagem, integram-se ao meio ambiente, freqüentam escolas e, quando adultas, perdem grande parte das características de autista conseguindo, então, se integrar socialmente. Experiências levadas a efeito em algumas instituições privadas no Brasil e em outros países, têm demonstrado a eficiência de intervenções na área clinica associadas a atendimento pedagógico apropriado, nas várias idades e com graus de comprometimento diversos.

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