segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Como aceitar a deficiência do filho

O filho é extensão dos pais e a família vê no defeito o reflexo de suas inadequações.

Ao constatar que o filho é deficiente mental, nenhum pai (ou mãe) poderá reagir indiferentemente. Sem dúvida, a presença de uma criança deficiente em uma família cria uma situação, ou seja, um problema novo, nunca antes enfrentado por muitas famílias. Desta forma, a criança deficiente mental pode representar uma ameaça à interação pai-mãe, e a continuidade da família. Esta ameaça deve ser trabalhada através do desenvolvimento de um plano, no qual a família decida quais são seus objetivos para a criança e como poderão alcança-los.

Uma das reações iniciais dos pais ao constatarem a presença de uma deficiência mental no filho é a de nega-la. A negação é um mecanismo de defesa, que as pessoas empregam para evitarem o sofrimento de Ter uma filho deficiente. Sem dúvida, a criança representa para os pais uma extensão de si mesmos; assim é normal que a família perceba qualquer defeito da criança como um reflexo de suas próprias inadequações.
Os pais necessitam saber como enfrentar a realidade externa de Ter uma criança com deficiência e a realidade interna que é a de sentir a perda de uma criança normal desejada. Desta forma, o negar é até certo ponto aceitável, entretanto às vezes, encontramos pais que tentam de todas as formas se convencer (e aos outros também) que o folho é normal, justificando seus fracassos escolares, como fruto da displicência da criança. Infelizmente, isso só irá levar a uma falta de aproveitamento adequado das capacidades próprias da criança. Além disto, as impossibilidades do filho de corresponder às exigências dos pais irá aumentar ainda mais as suas frustrações, e, por conseqüência, as atitudes hostis da criança para com os pais se tornarão evidentes. Na verdade, se os pais não aceitam a deficiência do filho, creio que qualquer tipo de tratamento está condenado prematuramente ao fracasso. Alguns pais chegam a buscar destemperadamente “terapêuticas mágicas”. É freqüente a busca de terapias estranhas, anunciadas em periódicos sensacionalistas, ou utilizadas com fins publicitários de diversas formas.
Aqui vemos a peregrinação a centros e profissionais que aplicam “novas técnicas” e “novos” medicamentos.
Muitos pais sentem-se culpados e agridem a sociedade (queixam-se de forma obsessiva à atuação de competentes estabelecimentos e pessoal gabaritado).
Ás vezes questiono-me, se devemos tratar da sobrecarga emocional, ou, a desinformação mutilante dos pais.

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